A partir de hoje, está criada a seção de crônicas com o título “Mas, vamos e venhamos”, como uma singela homenagem a um dos maiores cronistas brasileiros, RUBEM BRAGA, capixaba, nascido em Cachoeiro de Itapemirim em 12 de janeiro de 1913, e falecido na cidade do Rio de Janeiro em 1990, e que, em sessenta anos de jornalismo, escreveu cerca de quinze mil crônicas, inovando esse gênero literário no Brasil. Como disse o jornalista JOEL SILVEIRA: “Como a matemática, a prosa de Rubem Braga é uma ciência exata. Nela, como numa tábula de logaritmos ou numa equação, nada está fora do lugar, nada é supérfluo, excedente, sem motivo. Braga dirigia e comandava as palavras da mesma forma como um matemático maneja seus números”. 

Dotado de um estilo todo próprio, a prosa de RUBEM BRAGA parecia simples – e para ele realmente era, em que expressões, algumas coloquiais, surgem inesperadas, fascinando o leitor, dando-lhe a impressão de que não esta a ler, mas a conversar com o autor.  E nada mais representativo desse diálogo do que a expressão que dá título a esta seção de crônicas: “Mas, vamos e venhamos”, empregada pelo genial RUBEM BRAGA em algumas de suas crônicas, uma variante toda nossa, formada a partir da expressão portuguesa “Venhamos e convenhamos”.

O nosso trabalho será composto, quase sempre, do que se pode extrair da realidade, mas daquela realidade contada pelos jornais. Episódios que, conquanto efêmeros, trazem-nos detalhes  e aspectos que formam a fisionomia de nosso tempo. Nosso interesse principal, contudo, está naquilo que de perto poderá interessar aos operadores do Direito, e são essas as histórias que pretendemos contar sob a forma de crônicas.

 

 

 

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