A Suprema Corte dos Estados Unidos está a lidar com um grave problema: a necessidade  de se fixarem critérios objetivos pelos quais  se deve afastar um juiz, quando ele, o juiz, mostra sinais de que possui algum vínculo com quem será julgado.

O juiz em questão é Samuel Alito, que se tornou conhecido por ter, em 2022, sido o autor da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que declarou a inconstitucionalidade do direito ao aborto. O caso em que se alega não ter ele, Alito, o necessário e indispensável distanciamento das partes envolvidas no processo, envolve Trump.

Pois bem, Alito foi fotografado exibindo em sua casa símbolos utilizados por apoiadores de Trump durante o histórico episódio de invasão ao Capitólio, ocorrido em janeiro de 2021. Dois importantes jornais norte-americanos publicaram as fotografias e a partir daí o caso ganhou repercussão, com o questionamento acerca da parcialidade de Alito, o que ele nega, atribuindo à sua esposa a responsabilidade exclusiva pelo episódio.

A questão será ainda objeto de análise e decisão pela Suprema Corte dos Estados Unidos, mas será importante saber como a justiça americana vê a questão da imparcialidade de seus juízes, e quais são os limites em que um juiz deixa de ser imparcial. Quiçá poderemos nos aproveitar desse julgamento, fixando-se aqui também esses limites. Não os temos tão claros quanto devem ser.

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