Em 1871, EÇA, então com 26 anos de idade, e seu amigo por toda a vida, RAMALHO ORTIGÃO, então com 35 anos, tiveram a ideia de escrever, a quatro mãos, uma obra, a que dariam o nome de “As Farpas”, em cujo primeiro número surge uma irônica frase, indicativa daquilo a que os leitores se habituariam ao longo do tempo: “Que uma vez se ponha a galhofa ao serviço da justiça”.
Constituem “As Farpas” o principal material que forma o que os críticos denominam de a fase das obras de juventude de EÇA, e sobre elas é que se falará em um congresso que ocorrerá entre os dias 14 e 15 de outubro nas cidades de Lisboa e de Sintra, conforme noticia o jornal português, “Diário de Notícias”.
Hora propícia esta, portanto, para que o leitor volte a percorrer as imorredouras páginas de “As Farpas”, tanto nos textos escritos por EÇA, quanto aqueles de RAMALHO ORTIGÃO. A propósito, nos sebos brasileiros pode encontrar-se, dentre as obras completas de RAMALHO ORTIGÃO, os textos que escreveu em “As Farpas”. Terá o leitor a oportunidade de se deliciar com a produção desses dois geniais escritores portugueses.