“Um punhado de personagens literários marcou minha vida de maneira mais durável que boa parte dos seres de carne e osso que conheci. Embora seja verdade que quando personagens de ficção e seres humanos estão presentes, contato direto, a realidade destes últimos prevalece sobre a daqueles  – nada tem tanta vida quanto o corpo que se pode ver, apalpar -, a diferença desaparece quando ambos voltam a ser passado, lembrança, e com vantagem considerável para os primeiros sobre os segundos, cuja deliquescência na memória é irremediável, enquanto o personagem literário pode ser resultado indefinidamente, com o mínimo esforço de abrir as páginas do livro e deter-se nas linhas adequadas”. (MARIO VARGAS LLOSA, A Orgia Perpétua – Flaubert e “Madame Bovary”).

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