Tomemos a série a coisa, e não nos acusem de sermos ufanistas. Chegará em breve o momento em que exportaremos a ideia dos institutos jurídicos, tanto são aqueles que surgiram nos últimos tempos. Crescem a olhos vistos. Toda alta autoridade os têm criado, e os números são já impressionantes. Estuda-se  no governo até mesmo a criação de um índice que medirá com que velocidade são criados esses institutos jurídicos, e com que velocidade são contratados, tamanho é o interesse de quem busca por seus serviços.

São institutos jurídicos para tudo e para todos. Para o poder público e também para o poder que, embora não seja público, é poder. Comercializam cursos que se destinam a ensinar o bê-à-bá do juridiquês, essa linguagem que nem mesmos os especialistas compreendem. Ensinam a administração a administrar, e o poder a governar. Se o conselheiro Acácio vivesse por este dias, certamente diria que os institutos jurídicos são a maravilha deste mundo.

A ideia, com certeza, terá atraído o interesse dos estrangeiros, que, para a infelicidade deles, não contam com institutos jurídicos que lhes possam servir tão bem quanto os nossos. Estudiosos do mundo inteiro se organizam para oportunamente conhecerem, in loco, como funcionam os nossos institutos jurídicos, e como a sociedade têm melhorado com eles.

Pode-se dizer que a nossa produção científica no campo do Direito não melhorou, senão que piorou, e muito. Mas a criação desses institutos jurídicos mudará esse cenário em coisa de pouco tempo. E deveremos então registrar a nossa profunda gratidão às altas autoridades que tiveram essa feliz ideia. O Direito brasileiro, penhoradamente, agradecerá.

 

 

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