No Brasil, há o tempo imposto pelo relógio, a que todos estamos sujeitos, e há o “tempo político”, este ditado por interesses, muitos deles inconfessáveis.  Encerrado o segundo turno das eleições, em questão de três ou quatro dias, foram aprovados a toque de caixa projetos como o que terceiriza determinados serviços públicos, e agora a Câmara Federal acaba de rejeitar a implementação do imposto sobre grandes fortunas, além de o prefeito de uma grande cidade ter anunciado que o preço das passagens do ônibus terá que aumentar.

Antigamente, os políticos faziam o possível para esconder da opinião pública que existisse o “tempo político”, com o receio de que ficasse evidente o oportunismo em aprovar determinados temas após as eleições. Hoje, esse receio não existe mais, o que é um fenômeno a ser estudado.

 

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