Está na memoria de várias gerações o “Almanaque Fontoura”, como ficou conhecida a publicação idealizada por um laboratório brasileiro e distribuída gratuitamente pelas farmácias do país. A sua primeira publicação é de 1920 e seu conteúdo era muito variado, em que trivialidades vinham juntas com curiosidades e assuntos científicos e foi essa a especial razão pela qual a publicação ganhou rapidamente popularidade.

Hoje, o mundo é outro, a forma de publicidade é diferente e o fato é que os pueris almanaques fazem parte do passado. Mas em seu lugar surgiu o anuário, que é uma publicação cujos interesses não são assim tão pueris, como ocorre com o “Anuário da Justiça”, que embora pareça se tratar de um singelo veículo de informação sobre como funciona a Justiça, não é bem assim.

Trata-se, pois, de um produto que é da propriedade de uma empresa particular, uma editora, que o coloca à venda, utilizando-se de um material que é de natureza pública, como são as informações acerca dos juízes e desembargadores que integram um tribunal de justiça como o de São Paulo, e das ações que por eles são julgadas, informações que, públicas, evidentemente  não poderiam ser utilizadas por uma empresa particular, e o que é pior com o apoio institucional de uma associação de juízes, em cujas dependências, aliás, o lançamento foi realizado.

Bons tempos aqueles do Almanaque Fontoura …

 

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