O Brasil é pródigo em criar “singularidades”, onde a rigor não deviam existir. Um escritório de advocacia nada mais é do que um escritório em que advogados trabalham, exercendo com denodo seu difícil ofício, que é o de convencer os juízes de que seus clientes, clientes do advogado, estão com a razão.  Mas quando, dentre os advogado, há filhos de ministros de tribunais superiores, então chamemos esses escritórios de “escritórios butique”.

“Butique” é uma palavra incorporada ao nosso vernáculo e que tem origem no substantivo em  Francês, “boutique”, que vem a ser uma loja de fenda, uma oficina, e até, curiosamente, uma “casa mal governada”, em um sentido figurado está claro.

Mestre Aurélio traz o significado da palavra “butique” em nosso vernáculo, ao dizer que se trata de uma loja pequena, onde se vendem sobretudo artigos de vestuários e bijuterias. De modo que, como se trataria de um escritório de advocacia pequeno, formado basicamente por um filho de um ministro de um tribunal superior, então se deve chamar de “butique” esse tipo de escritório.

Antigamente, um escritório de advocacia notabilizava-se quando seus integrantes eram juristas, ou seja, conhecedores profundos do Direito. Hoje, como se vê, são conhecidos porque são “butiques”.

É o conhecimento e a experiência do Direito passando de pai para filho, o que, aliás, é um predicado todo próprio do nosso Direito.

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