Muitas pessoas associam de forma simplista as seguintes ideias: a Direita ao Liberalismo; a Esquerda à centralização do poder em mãos do Estado. Com o que se equivocam redondamente, como a prática sempre demonstrou.
E como agora está a demonstrar aqui entre nós. O governo de transição que se instala no País, ao nomear economistas de feição marcadamente liberal, afirma de modo evidente ao Mercado a vontade, e mais que a vontade o plano de poder, de que irá permitir que a livre iniciativa comande a economia, sem qualquer entrave estatal.
Tratando-se de um governo de Esquerda, dever-se-ia pensar que adotaria mecanismos, à KEYNES, de controle rigoroso da economia, como é do perfil da Esquerda.
Mas e o governo que está a sair, teria sido um governo também liberal no plano econômico? Não há dúvida que sim. Mas como em tudo na vida, há matizes, ou seja, detalhes que fazem todas as diferenças.
Pois que, dizer-se que um governo é liberal não quer dizer muito, porque há muitas e variadas formas de ser liberal na economia. E como é comum advertir, o Diabo está nos detalhes.
