A nossa sociedade pós-moderna fez surgir novas profissões, enquanto eliminou outras. Uma das que apareceram é a do “influencer”, que vem a ser aquele personagem que, em se utilizando de suas redes sociais, fazendo postagens nelas, de um modo ou de outro pode influenciar seus seguidores, moldando seus comportamentos. Como buscam influenciar outras pessoas, chamam-se a eles “influencers”. Se antes tínhamos os “intelectuais”, como SARTRE por exemplo, que com suas poderosas ideias, podiam verdadeiramente influenciar a vida social, fazendo com os indivíduos tivessem a sua consciência despertada,  hoje devemos nos contentar com os “influencers”, que, conquanto possam muito pouco em termos de produção de ideias geniais, podem muito na medida em que são seguidos por milhões de pessoas, coisa que os antigos intelectuais nunca conseguiram alcançar, em especial se considerarmos o número das pessoas que realmente leram suas obras.

O fato é que os “influencers” existem e devem ter a sua profissão regulamentada. É isso que acaba de realizar a França, que é o primeiro país da União Europeia a legislar sobre o tema, estabelecendo, por exemplo, que o “influencer” é obrigado a informar a seu público se uma fotografia que foi postada nas redes sociais foi ou não retocada. A legislação francesa também proíbe ao “influencer” promover a realização de cirurgias estéticas.

Estamos no Brasil a discutir acerca da regulamentação das redes sociais e, sobretudo, se elas devem ou não remunerar as empresas de comunicação pela utilização das notícias que essas empresas produzem. O projeto poderia abarcar a regulamentação das atividades do “influencer”, tantas são as pessoas que, no Brasil, exercem essa rendosa atividade. A legislação francesa pode ser utilizada como um bom parâmetro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here