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A FESTA DA NOSSA DEMOCRACIA

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GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ, além de notável escritor, autor do conhecidíssimo livro “Cem Anos de Solidão”,  vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1982, exerceu durante mais de vinte anos o ofício de jornalista, ou mais propriamente o de cronista, que o levou a abordar diversos assuntos, muitos dos quais ligados à vida política de sua Colômbia, contando a seus habituais leitores fatos que poderiam parecer ficção, mas que eram a mais pura e dura realidade, como o fez quando escreveu sobre a sua morte, anunciada curiosa e estranhamente em um carta que havia sido encaminhada ao então presidente da Colômbia, com quem GABRIEL GARCÍA MARQUEZ não mantinha boas relações.

E assim é que, de 1961 a 1984, o genial escritor transformou em maravilhosas crônicas histórias bastante reais da política colombiana e de alguns países vizinhos,  escrevendo em abril de 1982 uma crônica sobre as “Mães da Praça de Maio”, tema que era caro aos argentinos.  Raramente, contudo, GABRIEL GARCÍA MÁRQUES escreveu sobre a política brasileira.

Mas se vivo estivesse, ele deslocaria sua atenção para o nosso país e a sua conturbada vida política, tantos são os curiosos assuntos que  atrairiam a sua atenção e a sua pena, como, por exemplo, uma curiosa e badalada festa que teve lugar tão logo deu-se por encerrado o ato formal de diplomação dos eleitos à presidência da República, festa que, realizada na residência de um conhecido advogado, atraiu um seleto público, composto pelos eleitos e também pela autoridade da Justiça Eleitoral que os havia diplomado algumas horas antes, como que a saudarem todos os ali presentes ao convescote a festa de nossa democracia.

Ao atilado espírito de observação do genial escritor e cronista certamente não passaria despercebido esse insólito fato, que de algum modo ilustra bem como é nossa democracia. Quiçá muitos de seus leitores  poderiam supor que se tratasse de mais uma ficção que o autor de “Cem Anos de Solidão” inventara, embora sempre fizesse questão de ressaltar que o material de que se utilizava em suas crônicas era apenas o produto da realidade.

 

 

 

 

 

 

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