No Brasil, instalou-se agora um sentimento de que nossa democracia estaria sob risco. Alguns constitucionalistas e cientistas políticos têm compartilhado esse sentimento. Mas se tivessem lido, com alguma atenção, Eclesiastes  saberiam que o que foi ainda é, e será sempre, o que significa dizer que a democracia, a nossa e a de todos os países em que ela existe como tal, esteve, está e sempre estará em risco, enquanto o ser humano existir.  E como observa MONTAIGNE, não fazemos mais do que repetir as mesmas coisas e andar no mesmo caminho já trilhado.

Se remontássemos a 1964, um pouco antes de março, e disséssemos que a nossa democracia estava em risco, muitos, a maioria, não acreditaria, e a verdade é que ela estava sob risco, como se demonstrou logo no começo de abril daquele ano.

Daí uma lição que a História nos dá, uma lição tão velha quanto é a história do próprio  mundo: se queremos de fato proteger a democracia, pensemos nela todos os dias, e a transformemos em um estado de espírito, como dizia o primeiro-ministro francês, PIERRE ISAAC ISIDORE MENDÈS-FRANCE.

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