Não, caro leitor, não estamos a cuidar do nosso tempo presente, em que parece estarmos em uma certa encruzilhada. Refiro-me aqui ao pacato MACHADO DE ASSIS, que, embora de índole mansa, foi acusado, em 1894, de conspirar contras as instituições, e por isso inserido pelo governo republicano no rol dos elementos perigosos,  tudo por causa de um simples gesto: MACHADO, funcionário público, recusara-se a tirar da parede um retrato do Imperador, justificando que como o retrato viera por meio de uma portaria, só poderia sair da parede,  e da repartição pública, por meio de outra portaria. Bastou esse gesto para que MACHADO fosse considerado um elemento perigoso à democracia, porque “conspirava contra as instituições”.

(O episódio é mencionado por BRITO BROCA em seu livro “Machado de Assis e a Política).

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