Em uma das crônicas publicadas no jornal italiano “L’Espresso”, UMBERTO ECO, refletindo sobre o termo cunhado pelo filósofo, ZYGMUNT BAUMAN, o de “sociedade líquida”, escreveu algo que nos deve levar a pensar sobre o papel do Direito e da Justiça em face do que é a marca de nossa sociedade líquida – o individualismo:

Com a crise do conceito de comunidade, emerge um individualismo desenfreado, onde ninguém mais é companheiro de viagem de ninguém, e sim seu antagonista, alguém contra quem é melhor se proteger. Este ‘subjetivismo’ solapou as bases da modernidade, que se fragilizaram dando origem a uma situação em que, na falta de qualquer ponto de referência, tudo se dissolve numa espécie de liquidez. Perde-se a certeza do direito (a justiça é percebida como inimiga) (…”). (“A Sociedade Líquida”).

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