“Também não se alarme se o que você escrever não lhe agradar. São necessários anos para encontrar nossa própria voz, o tom, a verdade de nosso coração. As pessoas acham que isso é dado de antemão e que o trabalho do escritor consiste em traduzir esse dado. Mas não! O trabalho do escritor consiste em escrever, com o máximo possível de exigências, e ao final desse esforço às vezes lhe acontece encontrar o que tanto buscou em si mesmo. A criação não é uma alegria no sentido vulgar. É uma servidão, uma terrível escravidão voluntária – e a alegria se assemelha muito às das grandes vitórias, tem um perfume de melancolia”. (ALBERT CAMUS, correspondência).