Muitos já se deram conta de como na pandemia a desigualdade entre os países ricos e pobres aumenta consideravelmente. Países ricos compram as melhores vacinas dos melhores laboratórios, enquanto países pobres, quando podem comprar, compram a vacina que esteja mais à mão (não necessariamente a mais barata, porque não se pode excluir a possibilidade de a corrupção tornar uma vacina menos eficaz tão cara quanto a melhor vacina). É a ciência, ela própria, a atuar em nosso tempo como o principal fator de desigualdade, como lobrigara LIMA BARRETO em “Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá”:

“(…) Se no século XVII, o que separava os homens de raças várias era o conceito religioso, há de ser o científico que as separará daqui a tempos… A benéfica ciência! (…)”.

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