Comparemos o atual estado de coisas que dizem respeito a medidas de isolamento social como eficiente forma de evitar a transmissão do vírus da “Covid”, as que estão sendo adotadas em alguns importantes países da Europa, com o que aqui no Brasil acontece. Considere o leitor que, na Europa, os índices de novas infeções e de mortes estão diminuindo, enquanto no Brasil, aumentando.
Na Alemanha, o país mais rico da Europa, os restaurantes, bares e lojas não essenciais estão fechados até 7 de março, pelo menos.
Em França, museus, bares, cinemas, teatros estão todos fechados, e restaurantes funcionam apenas em serviço de delivery.
No Reino Unido, todo o comércio está fechado, assim como as escolas. O governo britânico analisa a possibilidade de elaborar um plano de reabertura.
Enquanto no Brasil, salvo no período inicial, entre abril e junho, pode-se dizer que tivemos uma forma eficiente de isolamento social, com o comércio fechado. Após esse período inicial, falhou toda política governamental, de Estados e de municípios, ideada para implementar medidas de isolamento social. O comércio, uma vez reaberto, resiste fortemente a qualquer ordem de fechamento.
E a União Federal é radicalmente contra medidas de isolamento social.
Donde é fácil explicar a razão pela qual o Brasil está a atravessar a pior fase da pandemia, com número de mortes que superam o patamar de mil por dia mantendo-se assim há mais de um mês, com o número de internações em unidade de terapia intensiva que tornam já em colapso o sistema de saúde, inclusive o sistema particular, caminhando o Brasil a passos largos para se tornar o campeão mundial de casos de “Covid” e de mortes, o que conduzirá certamente ao isolamento do Brasil no cenário mundial.
Como escreveu GEORG LUKÁCS: “Bem-aventurados os tempos que podem ler no céu estrelado o mapa dos caminhos que lhe estão abertos e que têm de seguir”.
Que caminhos nos reservam o destino?