Em 9 de fevereiro de 1881, falecia DOSTOIEVSKI, que, aos vinte e dois anos de idade, publicava seu primeiro livro “Pobre Gente”, saudado efusivamente pelo grande crítico literário, BIELINSKI, tornando-se a partir dali um escritor conhecido na Rússia, muito embora a segunda obra por ele escrita, “O Duplo”, recebesse censura da crítica, sobretudo de parte do mesmo BIELINSKI.

Acusado de participar de um grupo revolucionário, DOSTOIEVSKI, foi condenado inicialmente à pena de morte, convertida depois em degredo na Sibéria, onde ficou quatro anos.

São várias as obras de DOSTOIEVSKI que se tornaram famosas e cuja leitura e releitura revela-se  fundamental para a nossa formação. Crime e Castigo, O Idiota, Os Demônios, Os Irmãos Karamazov, Memória da Casa dos Mortos, são alguns exemplos. Há excelentes traduções para a língua portuguesa, como a que LUÍS AVELINO fez de “Gente Pobre” (editora LetraSelvagem).

Uma exaustiva e detalhada biografia de DOSTOIEVSKI foi escrita por JOSEPH FRANK, em cinco volumes.

E para o leitor que quer conhecer das preocupações e reflexões fundamentais de DOSTOIEVSKI, a leitura do “Diário de um Escritor” lhe satisfará.

Assim se descrevia DOSTOIEVSKI: “Eles me chamam de psicólogo: não é verdade, sou um realista no sentido mais alto, isto é, descrevo todas as profundezas da alma humana”. (Biografia por Joseph Frank, v. 5, O Manto do Profeta, p. 911).

 

 

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