Quando escrevemos, pensamos que é original o que expressamos com as palavras. O músico, quando compõe, terá certamente a mesma sensação. Trata-se, pois, de algo comum ao ser humano, o de acreditar em sua própria originalidade. PROUST vem nos dizer que não é assim, infelizmente:

(…) o que chamamos expressão individual é – como a gente reconhece com tanta tristeza quando ama e desejaria crer na realidade única do indivíduo – alguma coisa de geral e que pode ser encontrado em diferentes épocas”. (À sombra das raparigas em flor).

Aliás, PROUST também não é original nessa passagem, pois que desde muito tempo antes dele a bíblia, em “Eclesiastes”, observa: “O que foi isso é o que há de ser; e o que se fez isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol”. (capítulo I, 9).

 

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