Que as redes sociais têm problemas, alguns bastante graves, isso ninguém pode negar. Mas que constituem uma forma muito mais democrática de se ter acesso à informação, também ninguém poderá contradizer.
Antes os jornais estavam nas mãos de algumas poucas famílias ou de restritos grupos, os quais controlavam a imprensa, o que é o mesmo que dizer que controlavam a informação. Lê-se, pois, na biografia de SAMUEL WAINER, escrita por Karla Monteiro, a dificuldade enfrentada pelo mais famoso repórter brasileiro quando decidiu fundar seu jornal (com o apoio direto do então presidente da república, GETÚLIO VARGAS). WAINER fora expresso em seus memórias:
“Eu sabia que fundar um jornal fora dos grupos oligárquicos que controlavam a imprensa significava desafiar um poder desumano, aético, monopolizador, absolutista”.
As redes sociais são ainda um produto muito recente, não depurado pela ação da experiência. Natural, pois, que apresente problemas inerentes a seu noviciado, como, por exemplo, um excesso na liberdade de expressão. O tempo tratará de purificar esses excessos. Mas uma grande vantagem as redes sociais trouxeram: a liberdade de informar e de ser informado, sem se submeter a qualquer filtro. Basta isso para que comemoremos a sua invenção. A democracia agradece!
