O imortal, GILBERTO AMADO, na década de trinta, representara o Brasil como membro da diplomacia, e tivera em virtude dessa alta função contatos próximos com os norte-americanos, acerca dos quais constatou o seguinte:
“Os americanos então revelam a respeito uma inocência de fazer pena. Não se apercebem da existência no cenário político e nas camadas dirigentes do Brasil de um personagem superior, decisivo em todas as nossas deliberações – o Acaso. Esta entidade invisível é que determina quase tudo que se tem feito e se faz de bem e de mal no nosso país. Aos impulsos de sua inspiração caprichosa é que o Brasil arranca para a solução ora frustrada ora miraculosamente triunfante dos seus problemas”.
O acaso, o eterno acaso, nosso ainda hoje habitual e hábil camareiro, como PROUST poderia dizer.