Coincidentemente, ao tempo em que surge nos Estados Unidos uma vaga para a Suprema Corte, no Brasil um ministro do STF decidiu antecipar a sua aposentadoria, de modo que tanto lá quanto cá o tema passa a dominar a opinião pública.

Uma outra coincidência também diz respeito ao sistema de escolha e de sabatina do indicado, dado que o Brasil adotou, com certas adaptações, o mesmo modelo dos Estados Unidos.

E mais uma coincidência diz respeito à orientação conservadora do candidato que será escolhido e indicado, aliás o que se confirma com a escolha feita pelo presidente TRUMP. Em poucos dias, saberemos qual o candidato indicado pelo presidente do Brasil, mas certamente terá um perfil conservador.

A propósito, é natural que um presidente de origem conservadora, que tem o apoio de conservadores, escolha um candidato de cariz conservador. E não há nada de errado ou de antidemocrático nisso. De resto, é salutar a uma democracia que as ideias coexistam, mesmo que diametralmente contrárias entre si. E tanto melhor que se discutam as ideias de um candidato ao tribunal mais importante de um país, que se tornem públicas as suas posições, porque é essa a melhor forma de que dispomos para conhecer o perfil do candidato indicado.

Se formos à história, perceberemos que houve uma significativa evolução no nosso sistema de indicação ao STF. Basta que consideremos que  não há mais espaço para que o presidente indique um parente seu, como já ocorreu entre nós. Já é muito termos superado esse período de compadrio.

 

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