Filósofos, sociólogos, sanitaristas, todas as pessoas enfim questionam e se questionam sobre o que sobrevirá à pandemia. Aquilo, pois, que parecia eterno e consolidado revelou-se tal como PROUST identificara: o perecimento de tudo o que julgávamos imperecível. Em tempos como o que vivemos, acentua-se a importância do que observou ÁLVARO LINS,  em  obra indispensável a quem quer conhecer o gênio francês e a técnica de elaboração empregada na imortal obra “Em Busca do Tempo Perdido”:

(…) O romancista situara-se no conceito de que tende implacavelmente para a destruição tudo o que julgamos imperecível; de que a vida, por isso mesmo, se recontroi a cada momento, a de uma situação mundana como a de um império, por uma espécie de ‘criação perpetuamente contínua”. (ÁLVARO LINS, A Técnica do Romance em Marcel Proust).

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