“É desolador como sabemos pouco de nós. Tudo é silêncio em nossa volta. O que é a vida? o que é a morte? … Donde somos, para onde viemos, para onde vamos? … Mistério. Nuvens. Sombra fantástica … E o homem de siso não crê nos espectros! … Mas não seremos espectros nós próprios? O Mistério? … Olhem-nos: O Segredo-Total, o Mistério maior, somo-nos nós, em verdade … Ah! diante dum espelho, devíamos sempre ter medo! … Deixemos o futuro, esqueçamos Amanhã – sonhadores heroicos de Além. Entanto olhemos o passado – tentemos vará-lo, saber ao menos quem fomos. Alguém”. (MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO).