O mundo assistiu, em 1968, a uma série de protestos em diversos lugares do mundo, engendrados e realizados por estudantes e pela classe trabalhadora. Várias eram as pautas de protesto, como a oposição à guerra do Vietnã e a fabricação de armas nucleares. Mas as liberdades civis, a rejeição ao racismo e a discussão dos nocivos efeitos do capitalismo (efeitos que ainda eram embrionários), constituíram, em verdade, os temas principais. A França foi o epicentro daqueles protestos, sobretudo por estarem ali os mais importantes pensadores.

Surge agora, a partir dos Estados Unidos e de sua já histórica violência policial dirigida contra os negros,  um ambiente que poderá repetir,  com uma  força maior de expansão em consequência das redes sociais,  o que foram aqueles protestos dos idos de 1968. Temas que tratem das liberdades públicas, da proteção do indivíduo em face de governos totalitários e dos limites que se devem impor aos regimes essencialmente capitalistas formarão o contexto desse novo fenômeno mundial.

E se em 1968 tínhamos no Brasil um governo militar com poder suficiente para impedir que aqui chegassem os ecos daqueles protestos, agora a situação é outra.

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