“A eternidade que Proust nos faz vislumbrar não é a do tempo infinito, e sim a do tempo entrecruzado. (…). O procedimento de Proust não é a reflexão, mas a presentificação. Pois ele se encontra permeado pela verdade de que não temos tempo de viver os verdadeiros dramas da existência que nos é destinada. É isso que os faz envelhecer, e nada mais”. (A Imagem de Proust, Walter Benjamim, obras escolhidas, v. I, Brasiliense editora).