Reproduziremos a seguir o que disse SÉRGIO RIAL, que vem a ser o presidente do Santander Brasil:
“Outra questão importante para aqueles que ficam discutindo se é liberal ou não é a importância do Estado. Em momentos dessa envergadura, espero que tenha ficado claro a importância de termos um Estado porque o mercado sozinho jamais seria capaz. Então, também dentro desse contexto é a revalorização do Estado, do Ministério da Saúde e do SUS, que é um sistema com um tripé super bem organizado. O Brasil, sem o SUS, estaria numa situação muito mais caótica”. (entrevista publicada hoje no jornal “O Estado de São Paulo”, em seu caderno “Economia e Negócios”).
Quando um presidente de um importante banco, defensor por natureza e ofício do capitalismo (e do neoliberalismo), rende-se à evidência de que sem um Estado forte, não pode haver mercado, avancemos, e devemos concluir que, sem um Estado forte, não pode haver sociedade e civilização, e que os limites que se impõe ao capitalismo são determinados pela realidade, e não o contrário.
E como diz ROBERTO MUSIL em sua famosa obra “O Homem sem Qualidades”, “É a realidade que traz as possibilidades, e nada mais errado do que negar isso”.
Utilizemo-nos, pois, da realidade para pensar sobre como deve ser a forma de nosso Estado.