Ao mesmo tempo em que o Congresso Nacional discute pontos nevrálgicos da reforma tributária, concedendo aqui, ali e acolá benefícios fiscais, a Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda à Constituição, perdoando dívidas tributárias de partidos políticos, vencidas há mais de cinco anos, e evidentemente jamais satisfeitas.
Como dizia GUSTAVO CAPANEMA (1900-1985), que, aliás, foi político: “Perdoar é, além do mais, um bom negócio”. (GUSTAVO CAPANEMA, Pensamentos). Quiçá o Congresso Nacional, imbuído desse tom caridoso demonstrado com os partidos políticos, estendesse o perdão aos devedores tributários mais comuns, ou seja, as pessoas de carne e osso, que, em determinadas condições, não conseguiram pagar os tributos. Não podemos descartar a possibilidade de que o valor perdoado não superasse muito ao concedido aos partidos políticos.