“O professor Antônio Austregésilo, no seu discurso de posse na Academia Brasileira, contou que um jovem poeta, muito desvanecido com o próprio gênio, mostrou seus versos a Heráclito Graça. O mestre de Fatos da linguagem, disciplinado pelos modelos clássicos, achou-os detestáveis, e deu ao jovem este conselho:

Pendure a lira nos salgueiro, e não faça mais versos.

O poeta, melindrado, exaltou-se:

O senhor não entende de poesia. Os meus versos são novos!

E Heráclito, também agastado:

Novos? É engano seu. Sempre ouvi dizer que a asneira é a coisa mais velha do mundo!” .

(JOSUÉ MONTELLO, Diário da Manhã, 28/1/54),

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