“(…) a obra é acaso e construção ao mesmo tempo, e tanto mais fortuita porque edificada com mais cuidado: Nicolas de Staël se matou, entre outras razões, por ter compreendido essa inevitável maldição do artista, e que este não pode nem recusar a contingência nem aceitá-la. Uma solução: tomar a contingência original como objetivo final do rigor construtivo. Poucos criadores se decidem a isso. (…)”. (SARTRE, O Idiota da Família – Gustave Flaubert de 1821 a 1857, 1o. volume).