“Creio que um escritor que mereça este nome deve fazer tudo que esteja a seu alcance para favorecer uma ‘mutação’ do leitor, lutar contra a passividade do assimilador de romances e contos, contra essa tendência a preferir produtos pré-mastigados. A renovação formal do romance deve levar à criação de um leitor tão ativo e batalhador como o próprio romancista, de um leitor que lhe faça frente quando seja necessário, que colabore na tarefa de estar cada vez mais tremendamente vivo e descontente e maravilhado e de cara para o sol …” (JULIO CORTÁZAR, El Escarabajo de oro, 1965, in “Jorge Luis Borges”, por Bella Josef).