Muitas são as histórias que correm sobre as circunstâncias que conduziram à criação da Academia Brasileiras de Letras – ABL, e do papel atribuído à MACHADO DE ASSIS. Vamos a mais uma dessas histórias: a que é contada por MEDEIROS E ALBUQUERQUE (JOSÉ JOAQUIM DE CAMPOS DA COSTA DE MEDEIROS E ALBUQUERQUE, 1867-1934), em suas memórias (“Minha Vida”).

Dizendo-se, “se não o pai, incontestavelmente … o avô” da ABL, MEDEIROS E ALBUQUERQUE atribui  a LÚCIO DE MENDONÇA, então secretário do Ministério da Justiça, a verdadeira iniciativa, apresentando ao Governo o primeiro projeto, elaborado por MEDEIROS E ALBUQUERQUE, segundo o qual haveria a nomeação oficial de um pequeno número de homens de letras, e estes tratariam de escolher os demais. O projeto, contudo, não foi à frente porque o presidente da república, PRUDENTE DE MORAES, vetara o nome de MEDEIROS E ALBUQUERQUE, indicado na lista primitiva. Abortou-se ali a ideia de que a ABL devesse ser criada como um órgão governamental, no que está, certamente, uma das principais razões de sua sobrevivência até os dias de hoje.

MACHADO DE ASSIS, na visão de MEDEIROS E ALBUQUERQUE, não teria tido a importância que muitos lhe atribuem na criação da ABL, embora seu papel de destaque tenha se dado quando da instalação da ABL.

 

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