“Desconfiam que não ponho o selo integral aos meus papeis; é verdade (e não sou o único); mas, além de que revalido sempre o selo, quando é necessário levar os papeis a juízo, a que prejudico eu, tirando ao Estado? A mim mesmo, porque o tesouro, no governo moderno, é de todos nós. Verdadeiramente, tiro de um bolso para meter em outro. Luís XIV dizia: “O Estado sou eu””. Cada um de nós é um troco miúdo de Luís XIV, com a diferença de que se nós pagamos os impostos, Luís XIV os recebia …”. (MACHADO DE ASSIS, crônicas, A Semana).