O primeiro biógrafo de FERNANDO PESSOA, JOÃO GASPAR SIMÕES, havia percebido a existência de uma imensa quantidade de material inédito do prolífico autor de “Tabacaria”. RICHARD ZENITH, autor da mais recente e mais completa biografia de PESSOA, vem a confirmar aquilo que os relatos de amigos e parentes mais próximos do poeta português davam conta, de que PESSOA escrevia muito, mas publicava pouco.

Pois que agora ZENITH em suas minuciosas investigações, que não descartaram nem mesmo o ficar atento às costas de textos escritos por PESSOA, descobriu-lhe mais um poema inédito. O poema manuscrito a lápis está no verso de uma folha na qual Pessoa escrevera à maquina o texto “Novela Curta”, publicado em agosto de 1929:

A ave canta livre onde está presa. / O servo dorme e o sonho lhe é surpresa. / Liberta-te, mas nega a liberdade./ Poder e não querer, eis a grandeza!”.

É o que informa o jornal “Público”, de Portugal, edição de hoje.

Interessante observar que esse pequeno poema nos faz recordar das ideias do filósofo ISAIAH BERLIN, expostas em seu clássico ensaio “Dois Conceitos de Liberdade”, engendrado por ele 1958.

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