KARL POPPER, o grande filósofo austríaco, fora durante algum tempo um marxista, mas abjurou  de o ser quando percebeu que havia alguns irremediáveis males na teoria criada por MARX, sobretudo quando se trata de  aplicá-la na prática. O livro “A Sociedade Aberta e seus Inimigos” é o resultado das reflexões de POPPER acerca dos riscos que envolvem a censura, um dos graves problemas, segundo ele, que o marxismo produzia.

Agora que estamos a discutir o projeto de lei que regula o que pode ou não ser publicado nas redes sociais, e quem possuirá o direito legal de controlar esse conteúdo, a leitura de “A Sociedade Aberta e seus Inimigos” torna-se fundamental. A propósito, dar-se-á conta o leitor, ao percorrer as páginas de POPPER, de que rotular de “fake news” o objeto do referido projeto de lei tem a finalidade de induzi-lo a pensar  de que se pode facilmente separar o que é falso daquilo que é verdadeiro no conteúdo de um texto.  A censura começa aí, na medida em que essa facilidade simplesmente não existe.

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