PROUST pudera lobrigar a dificuldade que teria em encontrar o leitor que o pudesse entender, e mesmo o reconhecimento à sua obra. Na parte final de seu livro “Em Busca do Tempo Perdido”, PROUST escreveu:
“Breve pude mostrar alguns esboços. Ninguém entendeu nada. Até os que aprovavam a percepção das verdades que tencionava gravar depois no templo, felicitaram-me por as haver descoberto ao ‘microscópio’, quando, ao contrário, eu me servira de um telescópio pra distinguir coisas efetivamente muito pequenas, mas porque situadas a longa distâncias, cada uma num mundo. Procurara as grandes leis, e tachavam-me de rebuscador de pormenores. (…”). (O Tempo Redescoberto).
Mas PROUST, poucas linhas depois, dizia não se preocupar se o leitor não o entendesse: “Nem era por esperar, para depois de minha morte, a admiração devida, segundo me parecia, a minha obra, que por pouco ciosa me mostrava dos sufrágios da atual elite. Pensasse a seguinte o que quisessem. Tanto se me dava. (…)”.