“(…) De resto, a confusão que anda por aí não é só entre íntimo e privado. Como já dizia o Machado, a confusão é geral. Confunde-se o privado com o público, em particular no feminino, quando se trata da fazenda. A fazenda pública, quase sempre devassa, e a fazenda privada, em princípio indevassável. Os bens que são de todos, que ao governo cabe administrar, e os haveres de cada um, que ao governo cabe assegurar. Se os primeiros dissipa, confisca os segundos. Ou bloqueia, o que dá ideia do desatino em voga”. (OTTO LARA RESENDE, Intimidades Públicas).