Há alguns anos quando um credor tomava conhecimento de que o processo que havia ajuizado contra o Poder Público chegara ao final e que agora bastaria esperar o pagamento do precatório, a boa notícia (o fim do processo) logo tornava-se objeto de uma lamúria do credor, a quem então se avisava de que teria que esperar chegar a sua vez na “fila dos precatórios”, em uma interminável espera, a ponto de se poder supor que Kafka talvez tivesse pensado na demora em receber o precatório quando escreveu o conto “Diante da Lei”.

Mas agora o precatório tornou-se um valioso crédito, e o que é mais curioso, sem nada de substancial ter ocorrido no tempo que se consome até que ele seja pago. Ou seja, continua uma longa fila de espera, mas algo mudou.

Prova disso é a matéria publicada hoje no jornal “O Globo” sob o título: “Precatórios têm tudo para se tornarem um novo Tesouro Direto”, em que se analisa o quão valioso o precatório tornou-se como investimento, superando tradicionais investimentos como a poupança e o Tesouro IPCA.

Quem poderia imaginar que a demora do processo judicial poderia se transformar em um importante ativo financeiro?

 

 

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