A muitos certamente parecerá  nova ou inédita a preocupação que se instalou nestes tempos bicudos com a possibilidade de que exista algum tipo de fraude nas eleições presidenciais que ocorrerão neste ano no Brasil. Ledo engano.

NILO PEÇANHA (1867-1924), que, aliás, veio a ser um de nossos presidentes, apresentou durante o tempo em que exerceu o mandato de deputado federal um projeto destinado a impedir a fraude e a violência nas eleições, e  para tanto bastaria que o eleitor fosse a um tabelião e junto a ele registrasse seu voto. MACHADO DE ASSIS, como observa BRITO BROCA em seu livro “Machado de Assis e a Política”, aplaudiu o projeto, mas temia que os tabeliães viessem a não gostar da ideia, por terem a sua tranquilidade perturbada pelo aranzel eleitoral.

Como se vê, o assunto não é novidade no Brasil, e se pode até estranhar não tenha  nenhum parlamentar apresentado até agora um mirabolante projeto como o de NILO PEÇANHA, destinado a impedir a fraude e a violência nas eleições que vão ocorrer em breve. A propósito, um projeto como esse poderia avançar ainda mais do que pretendeu NILO PEÇANHA a seu tempo,  e impedir  fraude e a corrupção de maneira geral no Brasil, como também poderia aproveitar o ensejo e tratar de proibir diversos crimes, mesmo que já estejam previstos no Código Penal. Sempre é bom reforçar …

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