A “cultura do cancelamento” fez mais uma vítima: DOSTOIÉVSKI. A universidade “Milano-Bicocca”, uma das mais famosas universidades italianas, acaba de cancelar um curso que versaria sobre a obra de DOSTOIÉVSKI, invocando como motivo a guerra Rússia – Ucrânia. Segundo a direção da universidade, “neste momento de grande tensão”, o curso não seria recomendável.

Obviamente que houve uma intensa reação na Itália contra esse cancelamento, especialmente por vir de uma casa que, supostamente, é uma “casa do saber”.

E se é, ou deve ser uma “casa do saber”, é que se presume que a direção da universidade “Milano-Bicocca” conheça das obras e das ideias do genial escritor russo, e das vicissitudes pelas quais passou nas mãos de um governo tirânico.

De resto, bastaria à direção da prestigiada universidade italiana ler o “Diário de um Escritor”, em que DOSTOIÉVSKI expõe, ao final de sua laboriosa vida, o que pensa dos governos e dos homens que governam. Certamente, a universidade italiana perceberia que não há momento mais adequado para um curso sobre DOSTOIÉVSKI.

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