Quase sempre vem de fora do Direito as melhores percepções sobre o que o Direito realmente é,  e pode ser.  MARX é um exemplo disso: suas percucientes observações sobre os limites do Direito e seu papel na sociedade mostram-se ainda hoje ser corretas.

O mesmo ocorre com o conhecido antropólogo francês, CLAUDE LÉVI-STRAUSS, em cuja obra “Tristes Trópicos” revela ter tido uma inclinação inicial pelo Direito, logo depois abandonada. Diz ele:

(…) inscrevi-me em Direito ao mesmo tempo que preparava a licenciatura em Filosofia. Apenas porque era tão fácil. Sobre o ensino do Direito pesa uma curiosa fatalidade. Apanhado entre a Teologia, da qual, em determinada época, se aproximava pelo espírito e o Jornalismo, para o qual a recente reforma o está a fazer pender, dir-se-ia que é para ele impossível manter-se num plano simultaneamente sólido e objetivo: perde uma destas virtudes quando tenta conquistar ou reter a outra. Objeto de estudo para o sábio, o jurista sugeria-me um animal que pretendesse mostrar a lanterna mágica ao zoólogo”. 

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