O jornal espanhol “El País” noticia fato que pode nos interessar, na medida em que se deva aqui também investigar com completude se o conflito de interesses que se identificou na Espanha não estará também a atuar no Brasil.

Na Espanha, a Associação Nacional de Pediatria emitiu uma nota técnica, recomendando que todas as crianças de seis meses a cinco anos recebam a vacina para a “Covid”. Dos estudos que deram origem à essa nota técnica, contudo, não haviam participado os médicos pediatras, que, assim, segundo o jornal, foram pegos de surpresa pela recomendação.

O episódio ganhou uma proporção significativa na opinião pública quando se revelou que a Associação Nacional de Pediatra havia recebido grandes somas de dinheiro a título de investimento, dadas por empresas farmacêuticas, as quais produzem as vacinas que serão ministradas nas crianças. Instalou-se na Espanha, pois, um debate que busca definir se há ou não um conflito de interesses que pode acabar por invalidar a nota técnica.

No Brasil, essa relevante questão ainda não surgiu, mesmo depois de um dos maiores laboratórios que produz a vacina ter despendido grande soma de dinheiro em publicidade em jornais, revistas, emissoras de televisão e de rádio, contratando artistas em campanha publicitária destinada a incentivar que as pessoas vacinem-se contra a “Covid”.

Importante observar que não entra na análise do conflito de interesses o perscrutar se a vacina é ou não necessária, se é ou não eficiente: a questão prende-se com a análise quanto a existir ou não conflito de interesses, e precisar qual o grau de importância do aspecto financeiro na decisão adotada.

 

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