É o que prova o excelente jornalismo que é feito pelo jornal espanhol “El País”, que em suas edições diárias nos tem trazido o que há de melhor em termos de jornalismo que prima sempre pela verdade. Quando se afirma que o jornal vai acabar, é necessário ressalvar que o jornal que vai acabar é aquele que nos é dispensável, como sucede com a quase totalidade dos jornais brasileiros, que fazem um jornalismo muito diverso do que faz o “El País”.

Hoje, por exemplo, a edição dominical do “El País” traz um importante texto em que desvenda a forma encontrada pelas indústrias farmacêuticas para recuperarem  sua desgastada imagem, e o que é melhor, sem terem que gastar dinheiro seu para isso. Os cofres públicos o fazem.

Pois são os cofres públicos que estão a socorrer   as indústrias farmacêuticas, muitas das quais estavam, antes da vacina para a “Covid”, em periclitante situação financeira em virtude de condenações judiciais e administrativas. A PFIZER, por exemplo, firmou em 2009 um acordo para encerrar um caso de marketing fraudulento, obrigando-se a pagar uma bagatela de mais de dois milhões de dólares.

A vacina para a “Covid” é hoje o negócio mais lucrativo com que contam as indústrias farmacêuticas. É nesse contexto que o jornal espanhol chama a atenção para os ganhos dos acionistas dos grandes laboratórios, ganhos que estão a ser financiados pelo dinheiro público.

 

 

 

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