Supunha-se até agora que diversos manuscritos deixados pelo escritor francês, LOUIS-FERDINAND CÉLINE (cujo nome verdadeiro era LOUIS-FERDINAND DESTOUCHES), falecido em 1961, ficariam para sempre extraviados, depois que sua residência em Paris fora vistoriada por forças da Resistência francesa. CÉLINE era acusado de ter colaborado com o governo de Vichy e de ter ligações com a Alemanha. Alias, viera de SARTRE a acusação mais grave dirigida a CÉLINE quanto a ter colaborado com os nazistas.

Informa o jornal “Público”, de Portugal, edição de hoje, que milhares de manuscritos de CÉLINE foram encontrados, tratando-se, segundo especialistas, de uma das maiores descobertas literárias das últimas décadas.

Entre o material encontrado, há um romance que CÉLINE escrevera e concluíra, com o título “Londres”, que passará a incorporar o vasto material produzido pelo autor de “Viagem ao Fim da Noite” e “Morte a Crédito”. Vale recordar de sua trilogia, destinada a narrar o que fora a sua vida de exílio na Alemanha, obra que recuperou a sua fama como um dos grandes escritores da França.

Ainda que se cuide de um autor que era manifestamente antissemita, a sua escrita trazia um estilo inovador, tendo superado, segundo alguns especialistas, ZOLA, no manuseio de uma linguagem formal, mesclada com uma linguagem vulgar.

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