Escreveu o jornalista e novelista francês, JEAN-BAPTISTE ALPHONSE KARR: “Isso quanto mais mais muda, mais fica a mesma coisa”. Impossível alcançar maior precisão para descrever a Reforma Tributária, em trâmite no Congresso Nacional.
A cada dia, uma “novidade” surge, mas de novidade não há nada. Com efeito, a princípio alimentou-se a esperança de que, enfim, instituiríamos o imposto sobre grande fortunas, tornando letra viva o que está previsto na Constituição desde 1988. Alguns dias depois, o relator da Reforma recuou, dizendo que não há como aprovar um imposto desses, secundando o que o Presidente da República afirmara no sentido de que, criar um imposto desses, é condenar quem é rico no Brasil (!?).
Tributar quem mantém dinheiro em países fiscais. Este era outro importante passo que o nosso sistema tributário daria, a compasso com o que ocorre agora na Europa ocidental. Hoje, contudo, o relator excluiu essa forma de tributação.
Os liberais têm uma estratégia em comum e a adotam sempre que possível: dizem querer mudar tudo, mas ao final nada mudam, senão que tornam ainda mais desigual a sociedade, favorecendo apenas os já mais favorecidos.