É chegada a hora de a Colômbia vivenciar o que o Chile no ano passado experimentou e ainda experimenta: uma grave crise social, iniciada, no caso da Colômbia, como protesto à reforma tributária encaminhada por seu presidente. No Chile, o estopim foi a pressão popular para que surja uma nova Constituição, que reflita o que é hoje o país do poeta PABLO NERUDA, e não mais o que fora o malfadado governo Pinochet.

O certo é que América Latina está em ebulição social, e não sabemos qual será o país da vez, depois da Colômbia.

E por falar na Colômbia, a sua crise social era algo já muito previsível, pois que a previra de algum modo o genial GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ, quando, em uma crônica publicada em 1977, lamentava não pudesse levar aos pobres publicações que discutiam o tema da justiça social, embora esse tema estivesse ali latente:

“(…) queremos atingir um público e na realidade chegamos a outro. Fazemos uma revista para pobres que muitos pobres não podem comprar. Tentamos criar uma consciência popular, mas à nossa clientela mais acessível interessa menos a justiça social do que as férias em Miami”. 

Com as redes sociais, a justiça social tornou-se o tema do dia na Colômbia, e os resultados estão aí para que todos vejam – todos nós que formamos a América Latina.

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