“(…) a vontade é a serva perseverante e imutável de nossas personalidades sucessivas; oculta-se na sombra, desdenhada, incansavelmente fiel, e trabalha sem cessar e sem preocupar-se com as variações de nosso eu, para que não lhe falta nada do que necessita. (…). Tudo quanto têm de mutáveis a sensibilidade e a inteligência, tem-no ela de firme; mas como é calada e não expõe seus motivos, quase parece que não existe, e as partes restantes do nosso eu obedecem às decisões da vontade sem dar por isso, ao passo que por outro lado percebem muito bem as suas próprias incertezas”. (PROUST, Em Busca do Tempo Perdido, à Sombra das Raparigas em Flor).

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