Vem da Receita Federal a mensagem mais clara e inequívoca sobre o que o forma o pensamento do atual governo federal: proteger, sempre que possível, a classe econômica, ou seja, o empresariado.

Acaba a Receita Federal de apresentar à Câmara Federal um estudo crítico quanto à proposta de criação de um imposto sobre grandes fortunas. Embora não negue a Receite Federal em seu estudo que o imposto sobre grande fortunas promove a redução da desigualdade econômica, afirma que há outras medidas, como, por exemplo, a de parcelamento de dívidas dos grandes devedores de tributos.

Nada mais risível, sobretudo por partir tal argumentação da Receita Federal, um órgão federal que é conhecido por ser ineficiente ao extremo na recuperação de ativos tributários de grandes devedores, conquanto não se pode deixar de reconhecer a sua eficiência quando se trata de buscar patrimônio do pequeno devedor, como daquele que cai na “malha fina” do imposto de renda.

Além disso, a Receita Federal é exatamente o órgão incumbido por lei para idealizar e implementar providências que busquem aumentar a arrecadação fiscal. De modo que, em condições normais, não poderia a Receita Federal ser contrária à criação de mais um tributo, sobretudo de um tributo cuja arrecadação é segura e eficaz.

 

 

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