Em sua coluna no Jornal do Brasil, edição de 14 de dezembro de 1966, escreveu LAGO BURNETT, referindo-se ao livro, que então já começava a ficar conhecido, “O Festival de Besteira que Assola o País”, de STANISLAW PONTE PRETA:
“Tão grande tem sido a produção de asneiras no País, a partir de 1o. de abril de 1964, que já se fez sentir a necessidade de um recenseamento a fim de que os historiadores do futuro não se queixem da falta de subsídios para caracterizar a época. E já que o IBGE, até agora, não tomou a iniciativa, um particular, acostumado ao trato diário com a notícia, por força de sua condição de jornalista, submeteu-se ao sacrifício organizando o que chamou, em livro, de O Festival de Besteira que Assola o País – FEBEAPÁ, para os íntimos”.
Agora que vivemos uma inaudita pandemia, com que farto material não contaria STANISLAY nas páginas de seu livro, tantas são as besteiras que os políticos e outros agentes públicos falam e fazem, superando a produção registrada no ano a que se referia LAGO BURNETT, um dos maiores “copidesques”, do tempo em que tínhamos esse personagem nas redações.
STANISLAY, lá do céu, deve olhar para cá e ver como as besteiras aumentaram em quantidade e qualidade. Sim, de qualidade, porque há besteiras de qualidade, como aquela pronunciada por quem afirmava que o “Covid” era apenas gripezinha …
Que falta faz o genial STANISLAY. Os historiadores teriam mais facilidade em compreender a que nível de civilização chegámos.