Ontem, postamos aqui trecho de uma carta escrita por FERNANDO PESSOA em 1915. Note o leitor como ela se relaciona diretamente com uma espécie de apontamento por ele escrito um ano antes, em que trata do mesmo tema: a teosofia.
“Cada vez estou mais só, mais abandonado. Pouco a pouco quebram-se-me todos os laços. Em breve ficarei sozinho.
O meu pior mal é que não consigo nunca esquecer a presença metafísica na vida. De aí a timidez transcendental que me atemoriza todos os gestos, que tira a todas as minhas frases o sangue da simplicidade, da emoção direta”. (FERNANDO PESSOA, O Eu Profundo).